O tão aguardado e comentado 21 de dezembro de 2012, vulgo
“fim dos tempos”, chegou causando alarde em todos os cantos do mundo. As trombetas dos
anjos e dos guardiões celestiais anunciaram a volta de Jesus Cristo, e com ele, a ressurreição de todas as almas que descansavam em paz. Durante a festa, J.C.
curou os doentes, perdoou os pecadores arrependidos e levou todos os tementes
ao reino dos céus. Foi uma loucura.
Mais adiante, não muito longe de todo esse célebre
acontecimento, um vazamento químico de uma indústria foi despejado em um rio
que abastecia toda uma cidade. A água contaminada foi consumida pela população,
causando danos em seus organismos devido a forte radiação. As pessoas perderam
a capacidade de raciocinar e começaram a se transformar em seres raivosos famintos
por cérebros. O medo tomou conta do povo e o caos passou a reinar. Assim se inicia o apocalipse zumbi.
Enquanto isso, em uma região mais afastada, moradores de
outra cidade relataram à polícia supostas aparições de discos voadores no céu
durante a manhã. Mais tarde, esses relatos foram confirmados quando uma
gigantesca nave espacial pousou no centro da cidade. De dentro dela, saíram
centenas de seres estranhos de cor violeta. Eram altos, magros e traziam nas mãos
projéteis que disparavam um tipo de raio laser amarelo. Do contato desse raio
com o corpo humano restava apenas pó. Sem dó e piedade, os extraterrestres
dizimaram a população e destruíram prédios e casas. Estão repetindo essa ação
em todas as cidades que passam.
Pois é, nada disso aconteceu (ainda). Mas temos que
admitir que esses acontecimentos apocalípticos seriam a única maneira de evitar
os malditos clichês de fim de ano. Se o mundo realmente acabasse, não teríamos que enfrentar
toda aquela chatice de ouvir as piadas do “pavê ou pacumê” nos encontros
familiares, de ouvir ♪ Então é Natal ♪ da Simone em todas as lojas e de gastar
dinheiro com presentes do amigo secreto do serviço. E sem contar nas reportagens
natalinas do Jornal Hoje que sempre mostram o movimento das compras no dia
antes do natal e no dia depois, o chamado “dia das trocas”.
Já a internet é uma chatice a parte. Pessoas contando
nas redes sociais o quanto maravilhoso foi o ano de 2012 (mentindo, obviamente), ou reclamando que o
ano foi uma porcaria e que esperam muito mais de 2013. Como se alguém se
importasse com a vida delas. Para piorar a situação, você é marcado no Facebook em
fotomontagens feitas no paint de bebezinhos felizes com gorro de Papai Noel. Essas
pessoas nem gostam de você na verdade, mas querem mostrar que tem coração bom e que te
desejam muitas realizações. E para encerrar as festividades de fim de ano, nada pior do que assistir na televisão as tediosas matérias sobre as simpatias de ano novo ou sobre as promessas para o ano que vai nascer. Já que não tem como fugirmos de todo esse roteiro de clichês, o jeito é escolher bem a cor da roupa que usaremos na noite da virada e estourar o champanhe. E que venha o especial do Roberto Carlos.
Nada a ver esse vídeo. É que eu tava com preguiça de fazer uma charge.
*Não podia postar um texto no blog sem desejar um feliz aniversário ao meu pai que está ficando mais velho hoje. Parabéns!
*Não podia postar um texto no blog sem desejar um feliz aniversário ao meu pai que está ficando mais velho hoje. Parabéns!
Um comentário:
Mais Velho???
Quem disse isso?
Como o mundo acabou hoje, só vou fazer um ano em 2013. Estou novinho de novo!
Muito obrigado, e parabéns pelos ótimos textos.
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