sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Novas Velhas Bandas #5 A Bolha

A nova velha banda de hoje é produto nacional da melhor qualidade. Iniciada no Rio de Janeiro em 1965 com o nome de The Bubbles, a banda começou tocando covers de bandas internacionais durante o período da Jovem Guarda. Nos anos seguintes, os integrantes tocaram como músicos de apoio de artistas como Gal Costa, Raul Seixas e Erasmo Carlos. Com a chegada dos anos 70, os caras resolveram começar a compor músicas próprias e abrasileiraram o nome para A Bolha.
Essa mudança de nome e repertório foi o fato mais marcante na história do grupo, pois, a partir daí, passaram a ser mais reconhecidos. Em 1973, lançaram o primeiro disco, chamado Um Passo a Frente. Porém, apesar de apresentar um rock progressivo semelhante ao de bandas estrangeiras famosas, o LP não foi muito bem recebido pelo público. O segundo disco, É Proibido Fumar, só foi lançado em 1977, e trazia um rock and roll mais clássico. Nesse mesmo ano, A Bolha fez uma turnê pelo país abrindo os shows de Erasmo Carlos.

Parecem uns mendigos, mas são só os caras de A Bolha

Após o fim da turnê, a banda se separou. O que pode ter acarretado o fim do grupo era o fato de que os integrantes tinham muitos trabalhos paralelos. Alguns integraram também bandas como Bixo da Seda, Herva Doce, A Cor do Som, e outros tocavam como músicos de apoio de Caetano Veloso, Raul Seixas, Roupa Nova. O fim foi inevitável, mas para matar o saudosismo dos fãs, A Bolha se reuniu em 2006 para a gravação do álbum É Só Curtir. Muitos foram os integrantes que passaram pela banda, mas os mais importantes foram Pedro Lima na guitarra, Renato Ladeira na guitarra e nos teclados, Arnaldo Brandão no baixo e Gustavo Schroeter na bateria.





segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ensaio "Diva do Bar" da Lê

É com muito prazer que venho aqui no blog apresentar o ensaio temático da Letícia. O trabalho é uma parceria minha com a fotógrafa Suhellen Dolenga, e o local não podia ser outro: bar! 
A ideia era fazer um contraste de glamour e boteco, e o tema foi apelidado por nós de "diva do bar". A produção ficou por minha conta e ainda pude contar com a ajuda e o bom gosto da Letícia para a escolha dos figurinos. O bar escolhido para esse glamour foi o Cobras Snooker Bar, altamente recomendado para quem curte uma cervejinha e uma sinucaO ensaio será publicado oficialmente em breve na página da Suhellen, e você também pode conferir o resultado aqui.

























sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Novas Velhas Bandas #4 The Mummies

A nova velha banda de hoje não é tão velha assim, se comparada às postadas aqui anteriormente. Trata-se de um grupo de garage rock (gravação de rock de baixa qualidade) que iniciou as atividades em 1988, na cidade de São Francisco: The Mummies. Uma banda que de tão ruim chega a ser boa.
Calma, pessoal! Jamais indicaria alguma coisa ruim a vocês. Para melhorar, podemos substituir a palavra "ruim" pela palavra "zoado", que se encaixa melhor, afinal, é isso mesmo que o garage rock é: vontade de fazer rock and roll com poucos recursos financeiros. Além do som estranho e mal gravado, eles também se vestiam de múmias durante os shows. O resultado dessa mistura é um som bem divertido e irreverente. 

Mummies sempre educados

A banda, formada por Larry Winther na guitarra, Maz Kattuah no baixo, Trent Ruane nos teclados e sax, e Russell Quan na bateria, lançou o primeiro single em 1990, e mais alguns LPs no anos seguintes. O curioso é que os integrantes eram totalmente contra a evolução tecnológica da época, ou seja, eram contra o lançamento de CDs. Inclusive criaram o slogan "Fuck CDs".
Durante os anos 90, o grupo fez bastante sucesso no underground americano, chegando a fazer turnês e a abrir shows para bandas mais conhecidas. Porém, com o passar do tempo, os caras acabaram sumindo dos palcos, e apenas em 2002 voltaram a aparecer ao gravar um CD com músicas inéditas. Eles acabaram traindo o próprio movimento se rendendo a tecnologia digital. Mas, segundo boatos, fizeram a gravação de péssima qualidade de propósito para não fugir das raízes do garage rock.
Após o retorno às gravações, os Mummies voltaram aos palcos para a alegria dos fãs. Inclusive até fizeram dois shows no Brasil no ano de 2010, em São Paulo e em Goiânia. Os discos e gravações dos caras se tornaram raridade, e aqui, você pode dar uma conferida em uma apresentação deles:


Músicas que valem a pena o click:
Uncle Willie

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Novas Velhas Bandas #3 Birtha

A nova velha banda de hoje será apresentada com muito gosto! Não só porque é uma banda muito boa, mas também porque ela é formada apenas por mulheres! Sei que essa história de "mulheres não tocam rock n' roll" já ficou no passado (será?), mas é sempre bom lembrar que o mundo da música está cheio de mulheres talentosíssimas. E foi justamente assistindo a um vídeo do canal Heavy Lero sobre rock feminino que conheci a banda desta sexta-feira: Birtha.

Banda Birtha

O grupo de Los Angeles se iniciou em 1967, e só foi lançar o primeiro disco em 1972, intitulado "Birtha" (vale a pena ouvir ele inteiro aqui). Já de cara, o disco impressiona com a primeira música Free Spirit, que apresenta o hard rock de peso das meninas e o vocal rasgado da vocalista. As outras músicas do álbum mantém a qualidade com a marcante linha de baixo e os excelentes back vocals. O segundo disco, "Can´t Stop The Madness", foi lançado no ano seguinte e seguiu uma linha mais psicodélica, porém, sem perder a pegada rock and roll.
Nos anos seguintes, Birtha fez vários shows e apareceu em programas de televisão. Mas como tudo que é bom um dia acaba, em 1975 as garotas se separaram e cada uma seguiu seu caminho. O grupo era formado por Shele Pinizzotto na guitarra, Rosemary Butler no baixo, Sherry Hagler nos teclados, e Liver Favela no vocal e na bateria. A seguir, um vídeo com  Free Spirit e mais músicas dessas lindas que deixam muita banda de homem no chinelo.







sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Novas Velhas Bandas #2 Flavium

A nova velha banda desta sexta-feira tem um nome bem diferente: Flavium! Assim como a primeira banda que citei aqui na semana passada, o Bacon Fat, Flavium também é um grupo de blues. A diferença é que é um som que mais se assemelha ao Chicago blues do que ao blues clássico.
A banda, que foi formada em 1969 na cidade de Apeldoorn, na Holanda, conseguiu reconhecimento musical em meados da década de 70, quando lançou seu primeiro e mais famoso disco: Bad Luck (1975). Durante os anos 80 e 90, o grupo lançou mais alguns álbuns, porém, nenhum deles atingiu o sucesso do primeiro. Apesar disso, Flavium ainda está na ativa, mesmo depois de 40 anos de carreira, fazendo shows em pubs e clubes da Holanda. O grupo conta com Anne Geert Bonder na guitarra, Eric Bagchus no baixo, Jos Veldhuizen no vocal, Gover de Kolm nos teclados e Hans Waterman na bateria. A seguir, uma foto dos figuras e algumas músicas do disco Bad Luck.

Banda Flavium no estilo




sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Novas Velhas Bandas #1 Bacon Fat

Depois de um bom tempo sem escrever para este site, aqui estou eu de volta! E não apenas volto a postar, mas também trago uma ideia nova (nova neste blog, pois muita gente já faz isso). Toda sexta-feira postarei aqui alguma nova velha banda. Isso mesmo, nova velha banda! Nova para nós, que nunca a ouvimos antes, e velha, pois se trata de bandas que já estão há algum tempo rodando na estrada (ou até já acabaram). E por que na sexta-feira? Para o som deixar seu fim de semana mais animado! Dando início a esta série, escolhi uma banda de blues que encontrei ao acaso revirando o YouTube. Uma banda que já pelo nome se percebe que é coisa das boas: Bacon Fat (gordura de bacon hummm).
O Bacon Fat veio lá dos Estados Unidos, da cidade de Los Angeles, e teve uma vida curta, de 1968 até 1971. Nesse período, a banda lançou apenas três discos: "Bacon Fat" (1968), "Grease One For Me" (1970) e "Tough Dude" (1971). O primeiro álbum seria apenas um projeto entre os músicos George "Harmonica" Smith, considerado um dos mestres da gaita nos anos 60, e Rod Piazza, também gaitista e vocalista. A parceria entre os dois deu tão certo, que, nos anos seguintes, resultou em mais dois discos. Os outros músicos que fizeram parte desta parceria foram Buddy Reed, vocalista e guitarrista, Dick Inners Jr., baterista, Gregg Shaefer, guitarrista, Jerry Smith, baixista, e J.D. Nicholson, tecladista.

Capa do disco Grease One For me

Mesmo com a participação do mestre da gaita dos anos 60, o Bacon Fat é um tanto quanto desconhecido hoje em dia e não tem publicado muito material a respeito. O que achamos na internet são resenhas em inglês sobre os discos e algumas músicas no YouTube. Músicas estas, que são o suficiente para apreciar o trabalho desses caras. Para quem gosta de um bom blues, Bacon Fat vale a pena o play








terça-feira, 10 de setembro de 2013

Ensaio "Anos 80" da Ester

Ester é uma amante da nostalgia. Apesar de não ter vivido a época, a moça é apaixonada pelos anos 80 e tudo que eles nos proporcionaram, como a música, os filmes e a moda. Ela gosta tanto dessas "velharias", que resolveu estrelar um ensaio fotográfico todo baseado na temática da década. Em meio a discos de vinil, estampas de oncinha e cores vibrantes, a ruiva já pode dizer que voltou ao passado, pelo menos um dia, para captar a alma dos anos 80 nessas fotos. A locação escolhida para o ensaio foi a Galeria Lúdica, a fotografia é de Annelize Tozetto, a maquiagem e o cabelo foram feitos por Bruna Chociai e a produção ficou por minha conta.















segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Portfólio Audiovisual

Revendo alguns posts deste blog, percebi que não cheguei a postar parte do meu portfólio de vídeo. Sendo assim, vamos lá!
Após terminar a pós-graduação em comunicação audiovisual na PUC-PR, fiz alguns trabalhos, como comerciais e vídeos institucionais, sempre atuando na produção. A maioria deles foi com a produtora 24 Quadros Produção Audiovisual.
Um dos comerciais que mais gostei de trabalhar na produção, em parceria com Carol Angelo (também produtora), foi o vídeo da Feira Nacional das Malhas 2012. A locação foi a Pousada Varshana, que fica em São Luiz do Purunã, Balsa Nova - PR. A belíssima paisagem do local nos rendeu uma fotografia incrível, tanto que, quatro versões da propagando foram disponibilizadas para a televisão. Além dessas versões, um comercial temático de dia dos namorados também foi exibido. Este último foi gravado no Alta Voltagem Café.






sexta-feira, 1 de março de 2013

Traumas da Infância na Televisão Brasileira

Após escrever uma análise psicológica (sem fundamento algum) sobre as ilusões que os filmes da Sessão da Tarde nos causaram durante a infância, tive a ideia de falar sobre alguns traumas que a própria televisão brasileira nos causou enquanto éramos pequenos. Se vocês, assim como eu, cresceram comendo sucrilhos em frente à televisão, provavelmente compartilham de alguns momentos televisivos de medo intenso.

Preguiça de fazer montagem decente

Fantástico e o ET de Varginha

Em janeiro de 1996 a imprensa brasileira voltou os olhos para a cidade de Varginha, em Minas Gerais, após relatos de moradores sobre a aparição de objetos voadores não identificados no céu. Algumas testemunhas também afirmaram ter visto uma criatura marrom, de porte semelhante ao do ser humano, com chifres e olhos vermelhos pela região. Todo santo domingo o programa Fantástico trazia novas revelações e reviravoltas sobre o caso do extraterrestre mais famoso do Brasil. Sensacionalismo? Imagina!
Hoje, uma série de reportagens como essa sobre o suposto ET não geraria em nós nada além de curiosidade ou até mesmo riso (como no caso do ET Bilú). Porém, quando éramos crianças, apenas a chamada dessas matérias nos comerciais da Rede Globo nos fazia ficar noites sem dormir. Acredito que mais pessoas além de mim teve medo (ainda tenho) de ET’s e discos voadores por um bom tempo graças ao Fantástico.


Estátua do ET de Varginha que mais parece um pé verde

Gugu e o Chupa Cabra

Ah, esse Gugu Liberato não é fácil mesmo, hein? Podemos citar inúmeras atrações bizarras que ele apresentou enquanto comandava o palco do Domingo Legal. Como se esquecer do caso da menina que chorava caco de vidro? E a suposta aparição de uma santa em uma janela velha? Sem contar, é claro, a entrevista ao vivo com falsos membros do PCC. Mas hoje o foco aqui é na criatura que virou mania nacional em meados de 1997: o Chupa Cabra.
O bicho, que era acusado de devorar animais das fazendas do interior paulista, nunca foi dado como verdadeiro, mas Gugu, com seu caráter nem um pouco duvidoso, afirmava que iria levar o corpo de um Chupa Cabra morto ao seu programa. É claro que a situação foi ridícula e vergonhosa, mas não é nada saudável ver e ouvir esse tipo de coisa num domingo a tarde aos 11 anos de idade.
Depois de enrolar o público por uma semana para mostrar o corpo da criatura, sr. Augusto Liberato foi desmascarado por um biólogo que viu o cadáver e afirmou a fraude. Abaixo, uma parte do programa que foi ao ar em 1997. Vale a pena ver o programa todo que está no youtube, um show de vergonha alheia.

                            
Crimes no Linha Direta

Noites de quinta-feira de muito pavor ao assistir as dramatizações dos crimes mais famosos e terríveis do Brasil no Linha Direta da Rede Globo. Tinha gente que saia correndo da sala só de ler a palavra “simulação” no canto inferior da tela. O que mais assustava as crianças eram os nomes dos criminosos, como “Chico Picadinho”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Febrônio, o Filho da Luz”, entre outros. Além dos crimes verídicos, o programa apresentou alguns episódios sobre casos sobrenaturais no especial Linha Direta Mistério, já nos anos 2000. Ainda me lembro que fiquei impressionada com os casos "Enigma do Edifício Joelma" e "Operação Prato" (mais ETs).
Eu sei que não posso culpar o programa por assustar as criancinhas, pois ele era exibido tarde da noite, mas sempre tinha uns pirralhos curiosos que ficavam até tarde na sala para espiar o Linha Direta.

"Um crime que chocou todo o país"

Aqui Agora e Gil Gomes

No início dos anos 90, o jornal Aqui Agora do SBT aterrorizava os fins de tarde da criançada com as reportagens policiais que exibia. Assim como o Linha Direta, o jornal focava em crimes escandalosos e assassinatos que chocavam o país. Além de cobrir essas notícias assustadoras, um de seus jornalistas, o repórter Gil Gomes, era tão medonho quanto esses fatos. Seu jeito de falar e seus gestos conseguiam deixar as matérias mais bizarras do que já eram.
Por ter um forte apelo popular, o Aqui Agora fazia muito sucesso. O jornal cobriu vários casos importantes, como a morte do Ayrton Senna em 1994 e a morte dos Mamonas Assassinas em 1996. A ousadia do programa chegou a render um processo ao SBT por exibir imagens do suicídio de uma garota chamada Daniele Alves, que se jogou do alto de um prédio em São Paulo em 1993. Jornalzinho sinistro, hein?


Fofão, Xuxa e Palhaços da TV

Parece clichê falar sobre esses ícones da infância brasileira, mas o fato é que as lendas urbanas envolvendo esses personagens traumatizaram uma geração de meninos e meninas. A Xuxa tinha seu programa na Globo, e não bastassem os boatos envolvendo a rainha dos baixinhos com pactos satanistas, sua boneca também foi alvo de comentários. Diziam que a boneca ganhava vida durante a noite e arranhava suas donas.
O Fofão, um ser alienígena muito estranho, teve também um programa na Globo, e logo depois foi para a emissora Bandeirantes. Assim como a Xuxa, Fofão teve um lançamento em forma de boneco que logo foi acusado de ser um brinquedo do demônio. A lenda urbana dizia que dentro da barriga de pano do boneco havia um punhal afiado.
Palhaços também tiveram seus programas na televisão. Você se lembra do Bozo? E da Vovó Mafalda? Se até adultos morrem de medo de palhaços, imaginem as crianças! E para completar, havia uma lenda urbana sobre uma Kombi cheia de palhaços que raptavam as crianças nas portas das escolas.

Vovó Mafalda e Bozo: palhaços do terror

E esses foram alguns dos traumas causados pela televisão durante a minha infância. Apesar do medo, esses traumas estão superados e hoje são motivo de piada. Após terminar de escrever esse texto, fiquei pensando em quais serão os traumas de infância dos futuros adultos. Imagino que seja algo do tipo "tinha medo daquele vídeo do youtube" ou "aquele meme me assustava". E vocês? Quais são seus traumas da infância?

Revisão: Rafaela Gorski

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Perdidos nos anos 80

Nasci em 1987, eu sei, e por isso não tenho propriedade para falar dessa década a qual vivi apenas três anos. Mas mesmo assim, reconheço que tenho uma relação de amor com os anos 80. Sinto saudades de coisas que não vivi, e acho que mais pessoas compartilham esse sentimento comigo. A nostalgia que sinto é tanta que durante a minha adolescência tive uma fase Hard Rock, tanto no quesito música, quanto no quesito vestuário. E creio que o segundo quesito foi o mais expressivo.
Hard Rock é um estilo musical, uma vertente do rock que foi influenciada pelo rock de garagem e pelo rock psicodélico dos anos 60. As músicas são compostas por riffs pesados de guitarra e refrões grudentos que não saem da sua cabeça. Durante os anos 70, várias bandas deram um toque “hardeiro” em suas gravações, como, por exemplo, Kiss, Whitesnake, Alice Cooper, Aerosmith e Twisted Sister. Já nos anos 80, o Hard passou a ter personalidade própria e se ramificou, criando um subgênero: o Glam Rock (ou nacionalmente conhecido como “farofa”, por ter forte apelo visual e comercial). Esse novo estilo tomou forma e influenciou a criação de muitas bandas, como Skid Row, Mötley Crüe, Guns n’ Roses, Poison, Cinderella, entre outras. A marca registrada dessas bandas era a aparência composta por cabelos longos, ou cortados no estilo “poodle”, calças apertadas, jaquetas de couro, botas, cintos e roupas de oncinha. Além é claro, da bandana. O visual espalhafatoso e as músicas com temas festeiros atraíram adeptos pelo mundo todo durante os anos 80. E atraem até hoje.

Guns n' Roses: oncinhas e bandanas.
Banda Poison e a pergunta mais frequente: É tudo homem mesmo?
Sei lá que banda é essa, só postei para exemplo de cabelo poodle.
Não podia deixar o Kiss de fora dessa.
Aliás, o Kiss merece um post especial apenas por seu visual glamouroso
Twisted Sister: reunir os amigos cada um de uma cor e tirar foto. Quem nunca?

Comecei a ouvir rock quando tinha 12 anos de idade. Ouvia os três clássicos que todo iniciante no mundo das trevas ouve: Nirvana, Iron Maiden e Guns n’ Roses. A partir disso, o iniciante escolhe a banda que mais se identifica com o som e começa a seguir um gênero. Eu escolhi o Guns n’ Roses e meu caminho no Hard Rock Farofa Glam Metal Hair estava traçado. Pintava o cabelo de várias cores, me achava rebelde, ia de sebo em sebo procurando vinis antigos, usava roupas de oncinha, calça rasgada, bandana, Rayban aviador e fazia pose para as fotos. Tinha muitos amigos que também compartilhavam desse gosto pelo estilo e vivíamos nos perguntando “E se tivéssemos vivido os anos 80?”.

O glamour oitentista de Dani Mustang

Hoje, um pouco mais velha, imagino que se tivesse vivido os anos 80 tudo isso seria diferente. Talvez eu não me tornasse fã dessas bandas e nem me importasse em usar oncinha e calça rasgada, poderia até ter sido fã de Madonna e usado polainas cor de rosa. Acredito que teria boas lembranças, mas também ruins dessa década porque teria vivido boa parte da minha vida nela. Como não vivi, para mim parecia o refúgio perfeito para uma adolescência sem problemas. É aquele velho pensamento de achar que nos tempos passados tudo era melhor, quando era apenas diferente.
Quando mais novos, entramos em conflito com nós mesmos e com as pessoas a nossa volta, pois estamos passando por um período de autoconhecimento e formando nossa personalidade. É um período difícil, em que somos obrigados a fazer escolhas que terão reflexo em nosso futuro, por isso, é fundamental se perder para tentar se encontrar. Atualmente já não uso mais bandana e nem pinto o cabelo de cores vibrantes, mas ainda ouço algumas músicas dessa época, pois é difícil se desligar do passado. Já não me lamento mais dizendo aquela famosa frase "nasci na época errada" e estou aqui, esperando me encontrar com os amigos que ainda estão perdidos nos anos 80.


PS: Nunca gostei de Poison, que fique claro.