sábado, 2 de abril de 2011

Do que elas gostam?


            Ao entrar em uma casa de shows para mulheres a primeira impressão que se tem é a de que o lugar não passa de um simples “barzinho”. Um barzinho meio suspeito, digamos. Logo que as luzes se apagam essa impressão muda. Garotas, mulheres e senhoras desesperadas lotam os sofás e as mesas ao redor do palco principal à espera dos dançarinos: os chamados “Go Go Boys”. As repórteres da BIGORNA foram até um clube feminino para saber o porquê de as mulheres, comprometidas ou não, saírem na noite em busca de prazer. As repórteres foram para trabalhar, que fique bem claro.
            Os dançarinos sobem fantasiados no palco e a mulherada vai ao delírio, levantando os braços e batendo palma no ritmo do “batidão”. O globo de luz ilumina todo o ambiente refletindo nas moças o brilho das alianças em seus dedos. Sim, elas são casadas! “Sou casada há 20 anos e meu marido sabe que eu venho aqui de vez em quando”, diz M.C., de 42 anos. “Ele acha que uma ‘saidinha’ dessas de vez em quando ajuda na relação diária do casal”.


            Mas ao contrário desse marido simpático, muitos outros não sabem onde suas esposas costumam passar as noites. É o que diz V. S. de 28 anos: “Aproveitei que meu marido foi viajar e vim aqui com uma amiga”. Ela conta que seu parceiro viaja a trabalho durante a semana e que usa esses dias para se divertir. “Não venho aqui atrás de garoto de programa e sim para ver os rapazes dançando, coisa que meu marido nunca faz pra mim”.
            Os motivos de se ir a um clube de mulheres são vários, desde comemorações de aniversário à despedidas de solteira, mas o principal é a realização de fantasias secretas. “Sempre vinha aqui quando solteira. Faz dois anos que me casei e ainda frequento o lugar. Gosto de estar com meu esposo, mas tenho vergonha de contar minhas fantasias pra ele”, diz A. M. de 24 anos. “Eu gosto mais do dançarino que usa a fantasia de executivo”; completa.
            A procura por garotos de programa é grande. Algumas mulheres assistem aos shows e no final escolhem o garoto que mais lhe chamou atenção. Elas então chamam a garçonete e pagam um champagne para o rapaz. “Toda vez que venho aqui escolho um Go Go Boy diferente. Com ele não tenho vergonha de pedir e fazer coisas. Com o meu marido tenho que agir como uma santa”, desabafa G. R. de 38 anos, casada pela terceira vez (estamos chocados).

fotos: divulgação

            A BIGORNA conversou com alguns Go Go Boys e eles revelam que algumas mulheres gostam é de se sentir donas da relação. “Elas geralmente não pedem para fazermos algo. Elas mesmas tomam a iniciativa”, comenta Wagner, que trabalha na casa há cinco anos.
            Já o garoto de programa, vulgo prostituto, Lorenzo, revela que as mulheres pedem tanto coisas normais como absurdas. “A mulherada pede para fazermos strip, dançar, recitar poemas e até dar uns tapas nelas”, disse ele. Lorenzo é administrador de empresas e trabalha como Go Go Boy apenas por diversão. “Com a gente elas podem tudo”, disse o garoto de programa.
            Uma frequentadora assídua da casa é Dona Neide, ou “Nenê”, como foi apelidada pelos dançarinos. Ela dança com eles, sobe no palco e até os ajuda a tirar a roupa. “Enquanto eu tiver condições de vir até o clube, eu virei! Sou velha, mas ainda gosto de homem”, comenta. Nenê tem 94 anos de pura malandragem.
            O clube oferece shows em horários alternativos, como sábados à tarde e quinta-feira à noite. Tudo para despistar os maridos.
            Está mais do que provado que a mulher moderna faz questão de sua satisfação, seja com seu parceiro ou com um garoto de programa. Ela quer um homem que a satisfaça de várias maneiras, em todas as posições e sentidos.


PS: Esse texto foi usado na revista BIGORNA, que foi produzida para o meu trabalho de conclusão de curso junto com os amigos Francieli, Rafaela, Oliver e Douglas. A revista tinha o humor como tema principal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei do texto daniiiii deve ser engraçado ir num clube desses kkkkkk
bjooo

ass: Ricardooo